Autêntica

O que é autêntico perpetua diante dos nossos olhos...
Os limites que nos damos e tiramos ao recomeçar,
Sem perceber que o nosso jeito de ser, sem prever,
Resumiria em continuidade as nossas ternuras.

Do que adianta relutar pelo nosso instinto que pulsa,
Com sinais de não sabermos lidar sem a lastimável culpa?
Resguardamo-nos na pureza de um amor amável,
E quando jaz um sentimento, nasce um outro inabalável.

O real prazer é como uma poesia desvendada com sussurros,
Manifestado inexplicavelmente em suave constância,
Por não ter vivido veemente em outras circunstâncias.

Deste modo, inimaginável, somos aprendizes sem idade,
Até nos enxergarmos intensamente numa conversa de gestos,
Pelo último e verdadeiro amor, somando em reciprocidade.