Sim,

preste atenção nesta palavra sem fim,

que não começa e não acaba,

que diz tudo, diz nada,

cabe nela por o dito e o não,

o vasto e único e rubro coração...

 

Sim,

quanta poesia nele caberia

se não fosse a mão que esvazia

e espalha versos sobre seres imersos

em hipnótica solidão,

que tanto fala de tudo

e nem tanto de nada não...

 

Sim,

palavra sem começo, meio ou in...

 

 

 

Prieto Moreno
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