Há tempos que o brilho de teus olhos ávidos,
Infinitamente me fala de tua beleza interior.
Há tempos que o teu sorriso largo
Deixa escapar de teu semblante um universo de amor.
Mas, acuado na distância de uma timidez intensa,
Sempre me via aquém de teu convívio.
E, embevecido com a afabilidade de tua essência,
Culpava-me a mim por ser tão tímido.
Mas, como Deus é bom o tempo todo,
No seu tempo, Ele afastou de mim a insegurança,
E encheu de espírito o meu corpo,
E num singelo aceno, paramentou-me de esperança.
Agora que do desconhecido cindiu-se o limiar,
Agora que te sinto mais perto de mim,
Tenho estado feito rio indo para o mar,
caudaloso e transbordante d'uma felicidade sem fim.
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