SOFISMAS E METEOROS

Um dia sonhei ser como um amante que oferece rosas,

que diz versos à amada com voz doce e solene,

descreve um sonho  como fosse poesia em prosa,

barriga de tanque mas alma prenhe...

 

O tempo deu-me estradas e caminhos,

neles pus pés e sonhos e desejos,

bebi da doce água e do vinho,

vive da coragem que há no medo...

 

Cheguei à porta do que penso ser,

bati, entrei, sofismas e meteoros,

no espelho vi o que penso ter

me tornado, um ser aureolado...

 

Um dia sairei daqui como entrei,

ao mundo vasto lá fora torno,

claro, sem saber-me, não sei

o que direi ao aoutro, no trono...

Prieto Moreno
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