Choro lamentações

Nas violas da primavera

E uma saudade fugaz

É o alimento dos meus sonhos.

 

Loucamente pranteando

Desovo recordações de outrora

E me jogo dentro da horas inúteis

Colecionando flores brancas...

 

Reparto as pétalas entre os extremos

Que me jogam à toa pelos canteiros

E mesmo diante de folhas mortas

Respiro vida em abundância...

 

Minha alma está vazia de solidão,

Apenas triste perante dias loucos

Que tramam soluços desvairados

E pálido fico a espionar-me em mim...

 

Meus lábios balbuciam palavras de amor

E treme ao vislumbrar quão é esplendor

O oásis que se descortina no deserto íntimo

Tão sufocado a colher flores caídas na chão!

 

 

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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