Tempo e a auto-existência

Depois de exaurir o vazio na procura da calma inexisto com a minha realidade
Esta que se repete e gira como os ponteiros do relógio
Alegria, tristeza, felicidade, dor.
Em menos emoções que o número de segundos
 
Pois na calmaria do silencio do meu quarto já não passa nada além do tempo
Que independente do meu pulso me empurra para a repetição.
Alegria, tristeza, felicidade dor.
De enriquecimento das rugas da boca pelas mudanças
 
Mas logo a reflexão passa e me esqueço da angústia e passo a vivê-la
E volto a ser mais um escravo martirizado pelo tempo que passa
Quem sabe ainda me restem os segundos de reflexão para pode esquecer da dor
 
Que no tempo que me reste me esqueça do que me apunhalou sem perceber
Gostaria apenas que parasse e me largara com o vazio sem som


Para que perceba que o barulho dos ponteiros do relógio é mais alto a batida do meu coração

Rodrigo Machado
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