A porta está fechada
Ninguém pode mais entrar
Já existe bastante gente
Tentando se encontrar
 
Na estrada dos destinos
O Ser humano pode optar
Em querer viver a vida
Sem saber o que seja amar
 
Complacente é o destino
Entretanto não é compensador
Permite e consente
Mas a tudo cobra
Sempre cobra... muitas das vezes em dor
 
Seu traçado
Trate de saber
Mesmo não querendo
O percurso irá fazer
 
Qualquer alteração
Não esta ao seu alcance
Possui todas as rédeas
É detentor da situação
 
Engano pensar em driblar
Descobre com amargura
Que simplesmente se enganou
Acreditando tudo mudar
 
Ao final o seu destino
Cumprirá à rigor
Deixando sem tino
Colhendo talvez só dissabor
 
Lutar contra ele
Tempo irá perder
Detentor de todas as chaves
E também do “saber”
 
Se curvar é a única solução
Ao senhor controlador
Interrompendo a luta
Entregando-se ao vencedor...
 
Perceber em desalento
O tempo que perdeu
Pois tudo que sonhava
Até o amor que procurava
Ao seu lado apareceu
 
Com os olhos no infinito
Aos prantos suplica por “Deus”
E do peito solta um lamento
Pois teve a vida...
Mas com a porta fechada

Não aproveitou para viver...

 

(Publicado na 1ª Antologia da Academia Maçônica de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro/AMACLERJ - 2016).

 

 

Alexander Man Fu
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