A amizade deveria
Ser para sempre
Tanto que às águas
Correntes;  hoje límpidas
Serviria para lavarmos
O rosto, mãos, pés ; o corpo
 
Que lembranças de um, dois
São segredos sem chave
Na segurança das palavras
Dadas em confissões
Calo-me, cala-te!  Boca
 
Você sobe a escada
E esquece que 
A mesma começa e termina
Em degraus contínuos
Você sobe, você desce
 
Não olha para baixo
Não olha para os lados
Só para a frente
O céu no teu imaginário
 
Sem saber que
O primeiro degrau
Pode ser o último
O último degrau
Pode ser o primeiro
 
Sem saber que
Tudo na vida
Tem o seu inverso
Mau me quer; bem me quer
Encruzilhadas
 
Sente o poder
Se diverte; ria a toa
O sereno da madrugada
Não difere da neblina
Na  estrada  da vida
 
Dispenso o camarote
Sigo na arquibancada
Donde a vida
Explendida aguarda
O nascer do sol de todo dia.
 

" Se esquece o ontem não faz jus ao amanhã"