Estrombólico!
Ele, na sua solidão, via,
através da vidraça da janela,
o trânsito na rua;
carros a grande velocidade!
talvez a mais de cem!
Que loucura?
-“Qual a pressa?”, indagava-se,
mas, eis que reparou num carro,
de linhas estrombólicas!
que ia devagar, devagar,
devagaaaar,
mesmo devagarinho no seu caminho;
era um carro fúnebre!
que, felizmente,
não ia como pressa,
porque quem ia dentro ia a tempo,
no seu tempo,
dentro da sua hora.
Os outros carros continuavam a acelerar,
mas, de vez em quando,
lá vem um, devagar, devagaar,
devagaaar, devagarinho,
mas dentro da hora!
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Autor;Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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