Ode às avessas ao Marasmo

Quem és tu e de onde vens,

Oh! és um ser nebuloso e infame

O que fiz a ti? Com qual mal te amaldiçoei?

Se assim te abracei, dessa forma, pernóstica, não foi porque bem quis,

oh mal maior que me acompanha há tantos ventos....

 

Por que insistes em me perserguir, pois?

Com qual dívida, tu de mim duvidas, para assombrar-me à noite?

Teus braços são detestáveis e esmagadores

 

Sai de mim, marasmo

Vai pra o raio que o parta!

Tua monotonia de mim já se aproxima, sei que ela é pelegrina e já tão cedo

desatina aquela tristeza matutina em meu corpo.

 

Pega teu endereço, vai, cessa de me virar ao avesso.

Antes, coloca para mim um prazer edificante. Dinamiza, pois, minha mente

em uma atividade longe de ser delinquente, mas que seja simples e constante.

 

Desculpe-me, então, se te coloquei em maus bocados, em maus lençóis, mas é que

não te aguento mais, estás insuportável. Tenta arranjar logo algo interessante pra eu me entreter, vai!

Faz de mim o espetáculo do fazer!

 

 

Diego de Andrade
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