Calo-me pelo calo a mim imposto

Faço-me escutar pelos ouvidos atentos com intento

intento de ajudar, de fazer brilhar a chama da esperança

esperança já indisposta, cansada, abatida.

 

Tem sim, tem sim

não é conversa fiada

um pedaço de esperança

guardado para esses dias mornos, turbulentos, alegóricos.

 

Espera-se, em tudo, a esperança já desperta

revigorada, saída da inércia. Ela há de brilhar novamente.

Não há presente mais precioso do que a esperança para se dar

e para se receber. Ela é a nossa razão de ser, dádiva maior não há.

 

eu tudo, eu nada, eu rogo

Quem sabe falo asneiras, quem sabe discurso besteiras.

Mas a esperança será sempre verdadeira, sempre uma fala derradeira,

pois será a última a vir a falecer. Quem sabe não teclo a verdade.

Sempre guarde-a no compartimento mais caro de seu coração.

Eu nunca, eu sempre, jamais a esquecerei, amiga minha, nossa

nos momentos mais difíceis da nossa existência. Por isso, tenhamos paciência.

Ela ainda está viva!

Diego de Andrade
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