Quero inventar eu mesmo,

continuar me inventando,inventar-me

no cotidiano da vida,nos anos,nos meses em

que esses anos se acabam.mas não quero acabar-me em meros rabiscos

no cosmo existencial e apagado pela poeira do tempo universal.

Hoje sou girassol nos campos de centeios,solitário

sou entre eles...diferente,mas com a determinação

de que ali também é meu luga.

Amanhã invento-me somente para novas vidas

espalhadas  nos campos dourados dos trigais,quero inventar

palavras e que elas possam,ajuntando em letras garrafais

reinventar o amor.

Posso formar outras outras invenções,invento-me

assim nesse universo sideral e crio a continuidade

da vida e da história humana em movimento.

Charles Feitosa de Souza
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