Cá estou,em colinas distântes,

abosorto em meus próprios pensamentos,

viajo em silêncio meus olhos profundos e cansados

no trilho da restia  do sol que sangra atrás do mar.

Queria,como queria eu voar,

voar tão alto essa vastidão do céu só pra continuar

vendo o sol,não ver a noite

e nem as constelações de escorpião e capricórnio.

Capricórnio é você,

Capricórnio continua a brilhar no céu escuro e só

se apaga no romper do dia.

Vejo esse mar,e o fim de suas ondas

na arrebentação entre as areias e as rochas enegrecidas,

enegrecido está meu coração,malogrado,cheio de chagas

sentimentais e que também se arrebenta no peito.

O mar em mim,

eu no mar,o mar revolto dentro do eu.

O mar de dor,tempestuoso,assustador.

O mar e um coração sem porto seguro,escuro,negro

gelado.

O mar,o mar e eu

eu no mar...o mar n'eu.

Charles Feitosa de Souza
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