Cidades malditas,

cantam seus mortos pelas esquinas,meninas

meninos perdidos em busca de Deus.

Há corpos putrefatos tatuados nos asfaltos, alimentando

os abutres,que sob a luz de uma lua sangrenta

no céu cor de chumbo...ela os observa tal qual

um olho descarnados a fitar a terra dos malditos.

Os cantos sagrados...agora

são lamentos e horrores,as igrejas estão em ruinas

e padres,pastores não tem mais fé para se apegarem...ambos

estão perdidos em seus próprios rebanhos.

As cidades estão mortas,

abandonadas,onde só se ouve silêncio,poeira e dor.

as noites são infinitas e o anjo da morte faz

sua vista  abatendo as últimas almas para o inferno.

Cidades cadavéricas...malditas sua ruina

chegou,o juízo final é agora perecerá e só lhe

restará escombros como lembranças.

Haverá rangeres de dentes,e desolação

na soleira nas partas de suas casas...um anjo maldito

cassandra avisou,mas ninguém teve ouvidos para ouví-la

e assim será...teus ratos sairão dos esgotos e

a morte vai levar cada um no seu manto macabro.

Haverá muitos mortos,muito sangue e muita dor.

Haverá muita lágrima,muita chaga e muito horror

cidades malditas...esse dia chegou.

 

Charles Feitosa de Souza
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