João de Barro

JOÂO DE BARRO

Pressentido a ivernia se aproximando

Pra amada,a casa, João de barro sugeriu

Num  galho de um umbuzeiro floreando

As flores o seu lar feliz perfumando

E com sua compaheira, faceira, se uniu...

Era ela a razão do mais belo assovio

Nas manhâs bracas com o sol raiando.

Mas, um dia, quando a ivernia surgiu

João de barro, adormeceu e dormiu.

Não viu a traição se aproximando...

A ingrata companheira o traiu...

Malvada lentamente a porta foi tapando

Aos poucos no belo ninho aprisionando

O fiel compaheiro que um dia o construiu.

Com o outro, então, a infiel fugiu...

Partiu do lar...Feliz e voando

Dexou-o  preso e chorando

Fechou a porta cantado...

E nem uma janela abriu!