Tenho dias que quero calar a mente
A alma grita desesperada pelo conforto,
Com voz trémula tenta afirmar-se,
O medo apodera-se da sua melodia.
Sente-se o arrepio do corpo desgastado
O sangue perdeu a coragem assoberbada,
Não consegue percorrer os caminhos apertado,
Frustrado pela dor fica no meio da viagem.
O corpo está fragilizado pela mente
Cansado de esperar, perde a sua robustez
A sua agilidade amedrontada pela solidão,
Permanece trancada na sala de comando.
Acelera as máquinas, alimenta a fornalha destemida,
Desamarra as âncoras que temem em afundar.
Liberta a mente acomodada na prisão da alma,
Segue o teu instinto enlouquecedor.
Tenho sede de adrenalina do Fado
Estou faminta por vencer a tua demência
Ergue-te, solta as amarras, simplesmente vive
Despede o passado, não olhes o futuro, vive o agora.
Só no agora tens a força para o desgaste
Só hoje terás a oportunidade de te saciares,
Esquece as mágoas, as tristezas tenebrosas
Não terás no amanhã aquilo que não concretizares hoje.
Por isso vive o AGORA.
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