Ao receber o apedrejamento formidável do mundo,
Onde pretendes te esconder?
Nós, que somos tão frágeis por natureza.
Que não sabemos lidar com a dor; ofensa; críticas.
Que apesar de sermos vítimas de abusos e de leis tirânicas
Ficamos calados enquanto caminhamos no parapeito
De uma torre de marfim, que em verdade é de fezes.
Eu nem pedi para nascer, quiçá ser escravo dos governantes.
Penso que ao se expor, tu te declaras gado pronto ao abate,
Porque ninguém admite a realidade.
E mesmo quem a conhece, cala-se, pois ela é terrível.
E contra a vontade de todos, colocam-nos rédeas
E nos conduzem ao caminho que quiserem...
(Nossa fragilidade demanda mesmo um "salvador"?).
Talvez sejamos escravos do medo.
Ou, quem o sabe, da ignorância (ou esclarecimento).
Quebram-nos ao menor movimento e ainda sorrimos em frente ao oblívio...
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