Desisti 


Desisti de viver, estou cansado 
Já nada me consola ou me alegra 
Neste meu viver triste e magoado 

Desisti de tudo, neste velho fado 
E ninguém diga, que sofrer é regra 
Pois a sofrer, ninguém fica acostumado 

Desenganado de mudanças nesta vida 
De mágoas, e de desventuras negras 
Que aumentam meu tormento, minha ferida 

O tempo vai apoucando a nostalgia 
E as palavras magoadoras a negrar 
O dia a dia que se estende na natureza 

Molestado, desgostoso, maltratado 
Nada mais aqui, me faz realegrar 
Sou a sombra, do que era no passado 

Aumentou o desinteresse pela vida 
Já examinei meu crânio com a legra 
E vi, ao tempo, ser uma coisa perdida 

Por isso desisti de viver, estou cansado 
Peço a Deus, que me volte a integrar 
Ao mundo espiritual, ao adverso fado ! 

São Paulo, 25/09/2015 (data da criação) 
Armando A. C. Garcia 

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