Ó confrade Benedito

Ó confrade Benedito

 

 

I

Ó confrade Benedito

Você não leu, mas escrito

No alfarrábio da nação.

Que precisa novo grito

Para salvá-la do ladrão

Que levou a nossa grana

Nesse sonho de nirvana.

 

II

Foi ilusão passageira

Peculiar dessa estrela

Cuja missão derradeira,

É a foice que encastela

No martelo do ferreiro

E de todo forasteiro

Que não ama a verdadeira

 

III

Nossa grana foi embora

P’los empréstimos do BNDES

Repassados às empreiteiras,

Sabe para fazer obras aonde?

Nos países comunistas

Travestidos de socialistas

Como Cuba e Venezuela

 

IV

Equador, Peru, Panamá

Colômbia, Argentina

Nicarágua, Uruguai

Bolívia e Moçambique,

É esse o motivo da crise

Não me diga que é reprise

Isso nunca aconteceu

 

V

O governo dessa estrela,

Por certo não é do céu

Levou o país à mazela

De não ter o que gastou

Sem dinheiro, a educação

Não supriu o tal FIES,

Nem mesmo na regras de três

 

VI

Agora, voltando à mazela

Teve aumento de favela

De crime, então nem se fala

E o que falar da saúde

É só Deus quem nos acode

Ele, o único que não falha

Diferente dessa canalha

 

VII

Qu’ao invés d’investir aqui

Foi investir no estrangeiro

Levando nosso dinheiro

Que é suor do brasileiro

Do engenheiro ao gari

Do pedreiro ao escultor

E do motorista ao doutor

 

VIII

Assim se delapida fortuna

Numa aventura inoportuna

Quando aqui, falta de tudo

De segurança a educação

De saúde e prevenção

De moradia, habitação,

Ao povo desta nação.

 

IX

Dinheiro que daqui saiu

Para obras no estrangeiro

Este governo o consentiu,

Então ele, foi mensageiro

Que nosso bolo diluiu

Deverá ser o responsável

Por sua recuperação

 

X

Mas esteja certo, ó confrade

Que tal não ocorrerá

Essa camarilha covarde

É feita de gente vã

O pano do circo arde

O espetáculo não acaba

Aquele que viver verá.

 

XI

Deste gigante adormecido

Como você classificou

O dinheiro foi extorquido

Por isso não despertou.

Teria sido possível

Rasgá-lo com ferrovias

Que nunca as cogitou.

 

XII

Eu sou contra ditadura

Quer de esquerda ou de direita

Mas ao tempo dos generais

Que tu censuras demais

Esteja certo confrade

Podias andar à vontade,

Quer de noite, quer de dia

 

XIII

Que ninguém se atreveria

A lesar fisicamente

Danificar ou estragar

Ofender, ou molestar

Podias passear certamente

Com certeza de voltar

Hoje, a volta é dependente,

 

XIV

De quem encontres na frente,

Se for de boa, ou de má gente

Pois segurança não há.

O mundo inteiro evoluiu

Com essa tal de internet

Por isso o povo sentiu

Essa tal, nova conquista.

 

XV

Que chamas de progressista

O progresso é evolução

No trabalho, não grevista

No labor desta nação

Eu só vejo oportunista

Uns que sugam nossa grana

Na água e na energia

O petróleo sendo nosso

Sofre a maior carestia

 

XVI

Quarenta e sete e  noventa e três

por cento, na gasolina

É essa a regra de três

Que este governo ensina

E tu, confrade amigo

O aprovas sem razão

Fome zero, pura ilusão

 

XVII

Sempre achei que o indivíduo

Tem de ganhar seu sustento

Para não virar parasita.

Um qualquer, mau elemento

Que entra na vida e transita

Como monge de convento,

E culpa a vida, da desdita

 

XVIII

O ser humano em geral

Dotado de inteligência

Tem capacidade e talento

Para angariar o sustento

Sem uso da mendicância  

Quer privada ou do governo,

Propensão que Deus lhe deu.

 

XIX

Migalhas, sempre migalhas

É uma vida sem valia,

É honra lutar pela vida

Não lutar, é dos canalhas

É força convir que na vida

Nada de graça nos vem,

Nam mesmo as cangalhas

 

XX

O povo vendo a desventura

E o retrocesso sofrido,

Hoje, repudia e desfaz

O deslumbro da estrela

Que nem sequer foi capaz

De guardar o que não é dela

Um tesouro empobrecido

 

XX

Hoje a estrela é esconjurada

Até, por quem nela votou

Sendo agora rejeitada

Ao ver que se enganou,

Com a esperança prometida

Prometida e não cumprida

Foi um sonho que voou

 

XXI

Dizes d’arrocho salarial

Num governo liberalista

Mas foi ele que bem ou mal

Deu lições ao populista

E então, o equiparou o real

Ao dólar imperialista,

Que deixaram perder de vista

 

XXII

Quem se prostra de joelhos

É o governo petista

Com seus mandos e desmandos

Petrobras, BNDES, e tal

Mais de cem, somam a lista

E ainda tem quem seus mandos

Ache certo e não desista !

 

XXIII

Este governo populista

É um mar de lama, sim

Sem zelar a probidade

Deixou roubar à vontade

E a ratonaria sem fim

Levou à instabilidade

O nosso querido Brasil !

 

São Paulo, 09/08/2015  (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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