GARIMPEI-ME
Garimpei-me no rio que corre em mim;
setenta por cento de água do sólido que sou!

Tinha que me aproveitar,
estava a precisar de encontrar oiro dentro de mim!
Primeiro separei todas as impurezas, que correm no meu rio;
desamores, ódios,
calhaus de maledicências,
de críticas,
de descrenças e outros lixos prolixos.
 
Nada servia para dependurar em meu peito, para brilhar,
mostrando ouro do meu interior!
 
Peneirei, peneirei, até que encontrei,
mesmo no fundo do meu rio,
no fundo do meu leito grande tesouro,
não era ouro,
mas sim um diamante;  Eu, 
em estado puro; era Eu,
ainda em estado de criança!
 
Tão grande o diamante,
que não tinha lugar, em mim,
para o dependurar.
 
O diamante;
criança, que eu era,
em mim ficou todo integrado!
mas, agora, quando vou a qualquer lado,
muitos tem que garimpar meu rio,
para meu diamante de criança,
que eu era,
-que ainda sou-
encontrar.

Engraçado:
que quando vou a todos os lados,
vejo crianças …….. de homens disfarçados,

mas, aí eu gosto de tentar descobrir,

no peito de cada "homem" sua criança em estado puro de criança, como um diamante a  brilhar.

Todos temos um rio dentro de nós!

Só temos que garimpar para encontrar nossa criança dentro de nós,

e encontar no peito dum homem sua criança, a brilhar,

é para o Mundo, para o Amor, para a Paz,

mais Esperança.……………xxxxxx…………….

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (de Vilhena)
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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