És a minha realidade e o meu sonho,
a íngreme montanha escalada.
És o meu mais belo desejo secreto,
e eu a verdade que tanto almejas.


Permaneces irredutível,
mas não totalmente distante,
porque és um sonho de felicidade
e muito mais do que mera sorte.


És a minha mais bela ilusão,
és o pólo da minha juventude!
E na tua sombra está o eco
de tudo o que evocámos.
O meu coração tem uma história restrita,

 
Abandonado na dor e por desejo
no grande amor que te dedica.
A verdade é a tua alma de poetisa.
Onde nos beijamos, amantes
Perfeitos, no mundo do encontro
e de um desditoso adeus.


És a minha alucinação tecida,
A tua aura cheia de sol girou
fora deste meu inebriado sonho.
Que disse que serias, cruel,
apenas um volúvel encanto,
um símbolo farto de vaidade,
esmagadora, fria, desdenhosa.


Assim não existirias mais,
nem viverias dentro de mim,
pelo que choro no silêncio
do meu caminho errante.
Mas espero-te como o sol
no meu coração ferido.


Porém, és a chama que me abrasa
porque tudo que nós amamos,
teimosamente, nós vivemos!

Lisboa

Triste Poeta
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