São milhares,  desiguais:


Mulheres perdidas na vida,


Mulheres na lida,


Mulheres poesia e mulheres prosa,


Tristes, alegres, felizes com amor,


Felizes sem amor.


Mulheres  errantes,


Mulheres chorosas


Na espera incessante


Por alguém que jamais voltará.


 Mulher poeta que canta  o desencanto,


Mulher poeta que canta seus amores.


 Mulheres santas, perdidas no tempo,


Tecelãs de contas do rosário,


Em busca de um ungüento


Para suas dores.


 


 Mulher saudade


Cheia de mágoas, chorar é sua sina,


Mulheres de  alma envelhecida,


Mulheres com  alma de menina.


Mulheres cujas lágrimas


Lavaram sua dor


E trouxeram de volta a vida.


Mulheres rochedo


Que venceram o medo,


E lutam sozinhas.


Mulheres fênix


Renascidas das cinzas


Que reconstruíram sua alma.


 
Todas são mulheres


Que à vida ensinam,


-Heroínas!


 

Nair Damasceno
© Todos os direitos reservados