
As paisagens que moram em mim
Os pincéis da saudade repintaram
E dos meus passos todas as pegadas
Em poucos segundos refizeram
O bom uso da palavra foi inútil
Rasgando o peito, desfiz os ninhos
Não achei dos labirintos, as saídas
Assumi as farpas desses espinhos
Confusa, minha poesia ficou torta.
Versos úmidos, impregnados desse sumo
A razão, num delírio, perdeu o rumo
Entendi que essa paixão não era morta
E revivendo os mais dementes desejos
Vi a boca esfomeada a pedir beijos
Glória Salles
-Registro na Biblioteca Nacional
-Ministério da Cultura
-E.D.A. —
No meu cantinho...
Gloria Salles
© Todos os direitos reservados
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