Quantas sentinelas enviei, ilhas mais distantes,
que o tempo pudesse acordar, bem antes,
amei estrelas para que pudessem me avisar
antes que meus olhos se abrissem de todo,
no mais alto topo
o olho do futuro me mostrasse, no escuro,
que chegavas, pé ante pé ou veloz,
viesse de manso ou correndo um tanto,
mas de surpresa chegaste,
desprevenido como a arte
antes de nascer,
mal acabei de acordar,
meu coração acordaste para tecer
as primeiras linhas do teu manto,
eu, que me achava infeliz,
pus-me aos prantos,
me encontrara o amor,
que nem em meus mais secretos sonhos
poderia supor...
Prieto Moreno
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