Não guardo nenhuma paixão em meu espírito e coração.

Tenho me preparado para meu desfecho, há muito tempo.

Não temo, nem lamento a morte; enfrentando-a, destemido...

Jogaria minha vida fora por qualquer causa justa...

 

Como resmungar quanto à morte, quando ela é inevitável?

Como chorar por ela, se ela é a nossa redentora salvação?

Ninguém é imortal e gigante quando a velhice chega,

Quando nos vemos frágeis como vidro a quebrar no chão...

 

E quem precisa de preceitos, de rimas, quando se aproxima a morte?

Como fui tolo em ser orgulhoso, crendo que me faria alguém melhor!

Como fui imbecil em achar-me complexo quando eu só tinha medo!

 

Escutei músicas, li poemas e embebido em uma pseudocultura,

Achei que deixaria minha marca no mundo, mas é leda mentira...

A única verdade é que somos um breve lampejo e não passamos disto...