Perdidamente iludidos na indecisão

 Irracionalidade controla
Votando com o coração
Fidelidade perigosa
Favorece a facção
Uma governa para a elite
Outra diz governar pro povão
 
Dilema, manter ou mudar
Com medo de o jogo ser mantido
Ou de ter o tabuleiro invertido
Propostas, ataques, promessas
Serão usadas as velhas peças
E as velhas jogadas a executar
 
Falácias dominam a rede
Ao povo soam como ‘’verdade’’
Sobre este ainda domina
O fantasma da fome e da sede
Afugentando a esperança e a dignidade
De um dia ter uma nova sina
 
O cardápio já vem pronto e sem variedade
O jantar livre a poucos agrada
Os clientes reclamam e nada escolhem
Mas à força essa lavagem engolem
Ou escolhem iludidos a de melhor qualidade
Que na verdade são apenas sobras
 
Bipolarização contamina
A eleger se é forçado
O escolhido para ditar e explorar
Econômico ou social, Estado ou mercado
Buraco negro, estrela morta ou a ave de rapina
Porto externo ou aeroporto interno
 
Conversa para gente grande
Que usa nosso dinheiro
Fortalecendo a suja campanha
Fingindo distribuir renda
Por favor, minha gente não se renda!
Cuidado, pois o esclarecido vira timoneiro
 
Propostas cabem a políticos verdadeiros
Não a mestres da politicagem
Aqui elas se confundem a ataques
Sobrepondo os fatos
Escoram os candidatos nos passados atos
Das propostas e êxitos dos antecessores  
 
O sentimento de revolta e impotência
Conduz um povo sem experiência
Chegando a uma encruzilhada
Democracia ou oligarquia?
A melhor escolha tenta ser tomada
Caminhos diferentes para um imaginável destino