AO SABOR DOS VENTOS

AO  SABOR DOS VENTOS

 

 

As  vinhas,  as praias

e a solidão,  daquelas 

planícies  marítimas,

onde  ninguém  nada

conhecia . . .

Não  sabiam  daquelas      

superfícies  frias , 

menos  ainda 

do   seu estoico  local, 

de   imersão  espiritual. 

Do  seu  cada pedaço, 

que  insistia  em  tramar  

seduções  e  armadilhas. 

Da  gana  em    provocar     

sustos  e  surpresas 

a dentro,  de  meus  

pobres olhos náufragos, 

e  a  fazer  soçobrar   meus 

frágeis   navios  de  sonhos.  

Naquela   exposição  até 

das  minhas  palavras 

camufladas,  de cinzas 

proteladas.  Desse

alheamento   de  tormenta,  

pela  indução  do pânico 

das   palpitações.

Num    perfeito 

e imperfeito,  de

recordações   que 

sangram.  Em   tudo

e por tudo  que  se  foi,

em tudo  que sou,

por  um  alguém  que 

poderia   ter sido. 

O  que   fomos   afinal   

nesse  lugar ?   

A  não  ser,  ao  sabor 

dos  ventos . . . espuma     !!!!!!!!!! 


 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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