O revoar harmônico dos pássaros
para o infinito do céu azul,
naquela triste tarde de domingo,
despertou-lhe do ostracismo, 
abriu-lhe um novo caminho.
 
 
À sombra das dúvidas,
cansada da inércia,
deixou-se levar pela alegria
e liberdade das andorinhas.
 
 
Chorou, agradecida e comovida,
vertendo lágrimas de alegria,
espalhadas pelo rosto que sorria,
misturadas com as gotas de chuva
que refrigeravam lhe o corpo
e lavavam-lhe a alma.
 
 
Viajou naquele tapete de asas,
ganhou nova perspectiva,
descortinou a janela da vida,
extraiu-lhe a semente unitiva,
rompeu com o passado,
desatou os nós,
afogou as mágoas...
 
 
...alçou voo!