Nectário floral


O nectário floral nutre o beija-flor

E faz a abelha zumbir em seu redor

E desse celeiro, ninho de amor

Da candura inocente de cada flor


Surge a doce substância chamada mel

Da angélica fragrância, do néctar da flor,

E pela constância do tenaz labor

Dessas obreiras, no seu trabalho fiel


Do esplendor imorredouro, a cada dia

Vão granjeando o sustento no farnel

Para suprir as necessidades com seu mel

Extraído até, da perfumada orquídea,  


Para em noites caliginosas e frias

Alimentarem o enxame da colmeia. 

Expira-se ao pôr do sol a sua ceia

E dormem sem aflições nem agonias 


Seu corporativismo é da melhor idéia

Organizado por tarefas de trabalho

A colmeia é um tesouro, tal bisalho

Que guarda o mel, cor d’ouro, sempre cheia


Sobre a fonte do esplendor e do afinco

Benção de amor que só é concedida

A quem sua, a camisa e o consolida

Com seu labor no persistente afinco


Qual harpa eólica, zumbem à distância

No imaginário da amplidão sem-fim

Desde o primeiro raio de sol até ao fim

Quando o pôr do sol perde a culminância


Pra no dia seguinte, da angélica fragrância

Sugarem novamente o néctar da flor

P’lo ideal sempre tenaz e de vigor

Aumentar o farnel com abundância,


Granjeado às custas de seu trabalho

Laborioso, organizado e sincero

Que um dia o homem, assim espero

As possa imitar, sem tolho, ou atrapalho !


Porangaba, 20-11-2014

Armando A. C. Garcia


Visite meu Blog:

brisadapoesia.blogspot.com

ARMANDO A. C. GARCIA
© Todos os direitos reservados