Saudade Inútil
Carlos Orlando
O coração do poeta, sensível,
Porém, sensato, busca antídotos
A inocular o desprezo e a desvencilhar
Da mente, a inútil e incomoda saudade.
Entretanto, em quatro paredes,
O pensamento, como um remorso lento,
A cada noite repete os mesmos trajetos,
Como a vagar por labirintos sem saída.
Ao adormecer a alma leve flutua.
É quando eu viajo sem limites
E, irreal te encontro num beijo cósmico,
Mas, quando acordo me volta a rotina.
Esquecer, é uma questão de tempo.
Ao desamor, em mim, insurge o dever,
No prélio com uma esperança que ilude,
Mas que a sensatez haverá de sobrepor
(www.carlosorlando.com.br)
Carlos Orlando Fonseca de Souza
© Todos os direitos reservados
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