O dia que voltei ao meu lar

E no dia mais longo, da semana mais quente
Voltei para minha casa, assim do nada apareci

Fui entrando de mansinho para fazer surpresa
Para meus irmãos, mais nos cômodos não
Encontrei ninguém, então fiquei a vontade

Joguei a bolça grande e pesada que estava nas minhas costas no chão
E fui para cozinha achar alguma coisa para comer, abri a geladeira

E pela minha decepção não tinha nada de bom
Apenas legumes, arroz e feijão e algumas frutas

E sem nada de bom pra comer
Preparei o que tinha mesmo a vista

Mais do nada ouço voz de criança
Na porta de casa, era uma menininha
Que vinha subindo as escadas cantando

Chegando dentro de casa, saiu correndo
Pelo corredor, e eu só observando tudo

Mais na hora que ela me viu o silêncio se fez
E o seu olhar foi de espanto ao ver alguém
Estranho dentro da sua casa

Tadinha não imaginava que ia achar um cara
Na cozinha quando saiu correndo ao chegar em casa

Ficou ali parada por alguns segundo me olhando
E saiu correndo gritando em direção, a sua mãe
Que vinha subindo logo atrás dela

E sua mãe assustada, pergunta: o que aconteceu
E ela responde: tem um homem na cozinha

Ela meia que sem acreditar, olha em direção
A Cozinha e me vê, de pé com um prato de comida
Na mão rindo muito sem fazer barulho

Ela volta o olhar a sua filha que já está escondida
Atrás de suas pernas, com muito medo

Rindo bastante pela cena que ela tinha feito
Responde a ela: Vai lá falar com seu tio
Esse é o irmão da mamãe, ele foi embora quando
Você era apenas um bebezinho

Ela se soltou das pernas de sua mãe
E foi em minha direção meia desconfiada
E com medo de mim, pelo susto que a tinha dado

Quando chegou perto de mim, coloquei o prato de comida
Sobre a mesa, e agachei em sua frente e a cumprimentei
Dizendo: Como você cresceu menininha o tempo voou nesses anos

Logo em seguida minha irmã se aproximou de mim
E mi deu um forte abraço, me xingando por não ter aparecido antes
E que estava com muita saudade e preocupada comigo

Eu sem o que dizer, apenas me desculpei
E disse a elas que era muito bom estar em casa de volta
Abaixei em direção a mesa e peguei meu prato de comida
Voltando a comer, falando: agora vê se faz alguma coisa
Gostosa para mim comer, que estou com muita fome

Terminei minha refeição e fui atrás da minha bolça
De longe via minha sobrinha, tentando ajudar minha irmã
A preparar algo para mim, e eu fui refletindo do que valeu
Minhas aventuras, do que valeu minhas viagens

Se perdi o crescimento da minha família e todos os aniversários
Da minha sobrinha com a família reunida e eu distante longe de todos
E só assim com essas consequências, prometi a mim mesmo
Que nunca mais ia me afastar da minha família por tanto tempo

Dennil Wolker
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