Choro de um pai: frágil ou forte?
A saudade extravasou a barreira dos reservatórios de minhas lágrimas, restou-me a lama ressecada como o solo das terras áridas e os rios inundados com esse líquido de sabor ácido.
O branco dos meus olhos compartilhou o vermelho do meu sangue; o vapor, como de um vulcão, acelerou o meu coração. Abandonado ficou, um corpo, enquanto o pensamento voava com a minha solidão e meus sentimentos agonizam de tanta desilusão.
Filha, não sei o que sou: forte ou frágil. Forte por chorar? Sabe, sei que Deus sabe. Frágil por não me enganar? Só sei que não sei, mas ELE me dirá. Nada é em vão.
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