Não é de hoje que te conheço

E sei... não lembro desse meu suposto anseio

Vez que não chegaste elaborada

Não sei de quando, mas sei que não é de hoje...


E vieste assim, atemporal...

Trazendo contigo o encanto

Trazida pelo vento e pelo canto

Um canto que cantamos juntos, sem saber


E aconteceu o inesperado... mas como que ensaiado

O encontro de vozes e de outros sons

Que numa nota só se harmonizaram

E nesse emaranhado se edificaram


E te reconheci sem te conhecer

E quis compreender buscando os olhos teus

E ao mergulhar no fundo desse olhar

De súbito, a emoção de te enxergar


Por isso, não sei de quando

Mas sei que não é de hoje...

Poema escrito em parceria com a bela poetisa Alice Souza, que traz consigo a inteligência e a sensibilidade...

Salvador-BA, fevereiro de 2014

Silvestre Sobrinho
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