Embora eu seja como um diminuto peixe ante o imenso oceano,
Embora eu tenha sinas e me escondi, por vezes, feito verme,
Embora eu tenha tido vergonha de amar, mas por amor, fiquei inerme,
Almejo, em meu íntimo, transcender muito além do que é humano.
Muitos, ao me ouvirem, pensarão que sou filósofo insano.
Não os culpo, pois há coisas incompreensíveis à razão e seu germe.
Minh'alma clama por todas as memórias do mundo como o paquiderme
O qual geneticamente adquire as lembranças do bem e do dano.
Estes símbolos que em vão decifro, mas não posso exprimir ao mundo
São enigmas, labirintos de um pensamento inédito e profundo
E quase me sinto um predador do cotidiano, um faminto tigre...
Ó mente! Revela ao universo o que está em meu interior abismo!
Há no espírito imensidões que podem levar ao transcendentalismo!
A região em mim para a qual quero que o cosmo emigre!
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença