É a festa da balbúrdia generalizada;
Dentre loucos e ébrios esquecidos;
Nas sarjetas dos vícios enaltecidos;
Nas trevas de uma guerra imortalizada;
 
Cândida brandura, por onde andas?
Eras férteis de versos, de poesia;
Mesmo em eternas elegias, via-se a alegria;
Ainda que em convenções de loucas hordas;
 
Contemporâneos tresloucados;
Entremeio ao caos que nos rodeia;
Mesmo que o sangue da caneta grite aos brados;
 
Busquemos a brandura em sua eira;
Palavras imortais de fino trato;
Ainda que o caos esteja em sua beira.

Do livro "Versos Noturnos" (pag. 74), de minha autoria.
Adriano Gatti
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