Tenho minhas mãos atadas 
A um corpo perverso
Que me impede de 
Outro corpo acariciar.
Tenho meus pés amarrados 
À vida louca e transloucada
De outra vida que sem vida
Não me deixa mais caminhar.
Tenho minha boca cerrada
Torturada pelo desprazer
De querer falar,
Mas de não ter a quem recitar.
Tenho meus ouvidos selados
Desprovidos de melodias 
Que não posso aplaudir
E nem mesmo dançar.
Tenho meu coração atrelado
A um coração insensível 
Que se fez dono de mim
Que me torna invisível
Num silencio sepulcral e sem fim.

J.A.Botacini.
25/05/2014

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Jose Aparecido Botacini
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