Num jardim abandonado,

Onde toda sorte de ervas nascia.

Um pé altivo de manga,

Uma primavera e um pé de pitanga,

Aumentavam o ar de vazio.

 

O pobre cão ladrava alto,

Como a guardar um tesouro,

Mas somente flores baldias

Nasciam naqueles dias,

E o pobre cão, era delas guardião.

 

Pobre jardim de onde eu nasci

Ontem belo, impávido, lindo.

Que saudades de ti, meu jardim,

Que povoado de alecrim,

Sombra é do que fostes.

Davrison
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