Eixo do amor

Não me perco na amargura mais azeda
Por pior que a tristeza pudesse ser sentida.
Nem mesmo pelas alegrias inconstantes,
Entregar-me-ia pela esporádica e amigável ira.

Quero beijar os teus lábios a princípio e que eles
Estejam onde minha boca possa alcançar e dizer:
Que seu amor me alivia e transfigura,
Salivando - sempre - com o desígnio de lhe desejar;

No eixo do teu corpo febril, com apetite de amante,
Buscas nos ventos novas formas de desejar:
Queres de volta o meu sorriso ingênuo,
Com as maldades sedutoras que lhe fazem delirar;

Quero colher em você o que passa
E pulsa em mim com o teu leve olhar…
Assim enxergo-me em teu paraíso,
Vivendo novas formas de amar no mesmo amor.

Estocolmo, Suécia

Carl Dahre
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