A princesa e o mochileiro

Quando avistei um castelo,

achei mentira tê-lo encontrado.
Eu era só, um mochileiro só.
 
Quando te vi na torre,
achei estranho e belo.
Eu era só, um mochileiro só.
 
Lutei com dragões irados,
desvinculei-me de pesos amargos.
Eu era corajoso, um mochileiro corajoso.
 
Eu te libertei e queria mostrar-lhe o mundo.
Era você, uma princesa medrosa, mas muito curiosa.
Eu era sonhador, um mochileiro sonhador.
 
Quando, enfim, confiou em mim, começamos percorrer a estrada.
Eu me fiz porto seguro para que descansasse quando estivesse cansada.
Eu era o seu guia, um mochileiro guia.
Você era princesa, uma princesa que me inspirava todo dia.
 
Quantas vezes eu caí?
Era uma estrada perigosa e obscura.
Eu era atrapalhado, um mochileiro atrapalhado.
Você era babá, de um garoto atrapalhado.
 
Por quantas vezes eu quis parar?
Mas sempre ouvi sua voz, linda voz, que nunca me fez desistir.
Eu era fraco, um mochileiro fraco.
Você era focada, uma princesa obstinada.
 
Nos completamos facilmente,
somos um time de dois que vence alegremente.
Campeões olímpicos em amarmo-nos eternamente.
Nós somos fortes, um time muito forte.
 
A vida é um monstro gélido e sombrio,
nos avista ao longe, odioso e frio.
Mas somos nós, quem nunca desistimos.
Somos nós quem seguimos.
Nós somos guerreiros, um time de guerreiros.
 
No mundo em que vivemos, este mundo sangrento.
Somos guiados pelos sonhos, iluminados,
luz na terra de bastardos, é um pecado.
Pecados que nos fazem enclausurados.
Mas somos sonhadores, um time de sonhadores.
 
Sou mochileiro que viaja com caminho certo,
és princesa de passo correto,
somos time de fortes campeões sonhadores,
e essa é a vida... Que apresenta dissabores.
 
Somos nós, donos deste fantasioso mundo, abençoado,
mundo criado de um amor, suave e adocicado.

Jonathan Cunha
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