Tenho medo
Da verdade
Que tens a me dizer
Vejo-a em teus olhos
Escondida pelo não olhar
Sinto-a em sua hesitação
Nos teus desvios
Ah! Como gostaria
Da certeza
Da verdade
Mesmo que ela destrua
Todo meu pequeno universo
Essa incerteza
Esse dissimular
A verdade desfeita
Não seremos amigos
Não depois de tudo
Posso ate perdoar
Mas não compreender
Sou fraco
Sou imaturo
A fortaleza a olhar-te
Do alto do seu
Inútil amor
O que mais farei por ti?
Que esperança alimentará?
Meu coração esta cansado...
Mas sou mais que isso
E menos que desejas
Estou tão cansado...
Meus olhos doem
E o tempo se alimenta
Do seu infinito
Tenho tanto medo
E já não posso te olhar...
Antonio Reis
© Todos os direitos reservados
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