VESTES ATIRADAS AO CHÃO

A noite fria e vazia
Com o coração apertado
A lua no Céu se escondia
Era um reino encantado
A negra solidão surgia
Uma voz meiga a me falar
Saiba que te adoro tanto
Feito santo no altar.

Foi bom eu te encontrar
Na ânsia de um beijo
Na loucura de amar
Para saciar o meu desejo
Namorar em um bom lugar
Fazer amor e conversar
Sentir sua pele suada
E de amor lhe saciar.

Ver suas vestes deslizando
Seu corpo suado surgindo
Sua calcinha brilhando
O corpo se contorce fingindo
O bico do peito me furando
Por cima do ombro sorrindo
A sua calcinha fui tirando
Seu corpo no meu fui sentindo.

Corpo perfeito para o pecado
Cintura fina para o abraço
Observo sua bunda no espelho
A excitação foge o compasso
Por trás abraço, mãos nos seios.
Com os braços faço um laço
Uma suave lambida na orelha
Arrepia liberando o cansaço.

Um vale de pelos sedosos
Deslizei a minha mão
Senti o sabor do pecado
Vestes atiradas ao chão
Um lampião dependurado
Preste ao um apagão
Corpo nu amor liberado
Duas almas um só coração.

Gilvan Bulhões
Tamandaré, 12/03/2014

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