Bruma perigosa

Já vou indo, vou triste!
Arrasto o meu passo,
deixo o teu regaço,
depois que me repeliste.

Definho inquieto,
neste azul dilema,
entre o crer e o poema,
circunspecto.

A lua teima em me seguir,
com seu provir,
lá no céu, silenciosa.

Debaixo dela, meu ego,
banha-se na chuva que segrego,
numa bruma perigosa.
 

"Cada palavra escrita, será um pouco de mim, retratará minha alma e o meu coração"

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