Quem sou eu?
Seria muito vago dizer que eu sou eu, porque eu não sou uma coisa só. Eu sou. Que tipo de pessoa sou eu, que nem sei quem sou? Acabo de confirmar o quão confusa eu sou.
Confusa. Primeira definição de mim. Acho que posso dizer que sou complexa também, acho que se eu fosse simples, ou no mínimo pensasse de maneira simples, seria mais fácil dizer quem sou.
Confusa e complexa. Eu sou um cubo mágico. Sim, um cubo mágico ambulante. E é bem mais difícil me resolver do que resolver um cubo mágico convencional. Isso porque vivo mudando. Eu sou contraditória. Não, sou a contradição em pessoa. Ou como diz a música do Green Day, eu sou uma contradição ambulante.
Confusa, complexa e contraditória. Sou um C ao cubo (que por acaso começa com C). Sou cheia dessas Coincidências. Engraçado é não ter letras C no meu nome. Nem na minha data de aniversário. Tem algumas palavras com C faltando na minha vida, como Chuva, e algumas sobrando, como Calor. Falta ar Condicionado. sobra Crise de água, falta Consciência, sobra Comida. Esse monólogo está virando uma redação dissertativa, e eu odeio dissertações (talvez porque comece com D).
J=C³
Acho que é prda de tempo tentar descobrir quem sou. Basta saber que sou Confusa, Complexa e Contraditória. Se sabemos que algo é confuso, nós logo nos afastamos (coisa que eu certamente deveria ter feito quando cheguei à conclusão de que sou confusa). É inútil tentar fazer o confuso fazer sentido.
Coisas complexas só servem para complicar mesmo.
Coisas contraditórias também, pois nunca têm certeza de nada, ficam sempre confundindo as pessoas.
Logo, deixo um aviso para quem vier a ler este monólogo:
Só procure conhecer Julia Rezende Alves, autora deste monólogo, se tiver muita coragem e não tiver medo de enlouquecer.

💬   junyidark@hotmail.com

Poesias de Julia Rezende

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