(à criança que vive em mim)
No dia que o dragão
devorou um pedaço meu,
fincou garras nas raízes
de um mundo esquecido
na casinha de bonecas.
No dia do dragão,
queimei a mão,
nem doeu!
Virou bolha de escamas,
flutuou para além do céu multicolor.
No dragão montei,
sem segurar, nem nada dizer...
Ele viu a vista perdida em meu olhar distante;
voou, voou, voou
não parou.
Sil de Jesus
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