Era um jovem perdido,

Deitado e ferido.
Era um sopro tardio,
Um vento esquecido.
Era um choro calado,
Um terror acalmado.
 
“Quero uma vida de volta”
 
Era o ardor das feridas da vida.
Era o caminhar sem caminho.
Era desespero sem destino.
 
“Quero minha vida de volta”
 
Era o frio cortante,
Era a ira distante,
Era um coração que fora amante.
 
“Apenas quero...”
 
Era a justa solidão,
Era um morto coração,
Era uma vida...
Vida essa, que jazia em vão.
 

Jonathan Cunha
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