A MULHER DO VIZINHO

 
 
Botei olhão de bila pra cima da vizinha
Ela é não bichana assim apetitosa
Baixinha, atarracada, de pneus salientes
NadIca  das musas de revista e tv
Nenhuma parecença com as do BBB
Necas   de padaria   enorme e buliçosa
Lhufas de progredidos fartos seios
Se há visses duvidaria de eu falar sério
Dirias: Por que  quer?  Explique o mistério! 
 
Eis a questão diria o  Bardo do  Avon
Mas “exclalecelei” como falou Agildo
Fetiche estrambólico, maluquice da burra
Um  bocão  enorme, valei-me , que  bocarra
Sorri e a enormidade do detalhe me amarra
Sonho beija-la muito na boca assombrosa
Preenche-la de uma vez é algo impossível
Roçar  o beiço  acima fracionando o espaço
Depois refestelar-me   no labio  logo abaixo
 
Parece que o marido é meio estrepitoso
Todo cheio de marra e não viaja nunca
Do tipo improvável de que tolere galhos
Entre os capoeiristas é mestre de sucesso
Dizem que dá e abre...pancadas e processo
Eu aqui, coitadinho, fico só na vontade
Juízo perfeito bem sei que nunca o tive
Penso que reencarnação minha vizinha é
De uma portentosa  fêmea de jacaré
 

 
 

BUENO
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