Como um vento morno e suave que sopra na primavera, você sussurou o meu nome e as suas doces palavras enterneceram o meu coração.
 
E eu te amei. Ah...como eu te amei!
Como se toda a minha vida dependesse disso, eu te amei. Te entreguei a minha vida e até a minha alma.
E te amei de todas as formas que um homem pode amar uma mulher. Amei como Acabe amou a Jezabel, ou como Davi amou Betseba...
 
E te amar, esse foi o meu pecado. Contra mim e contra você eu pequei, mas me perdoei, assim como Deus perdoou a Davi.
 
Pequei mais ainda, contra minha esposa e contra a minha casa. Mas novamente eu me perdoei e ao invés de esconder a minha vergonha, antes eu a publiquei em prosa e verso...
 
Hoje, sinto no meu rosto a consequência dos meus atos e devo confessar que pequei contra os meus votos e contra o meu Deus e dessa vez eu não posso me perdoar.
 
Em nome de um amor que não era lícito eu destilei fel e semeei o sofrimento. Não só o meu, mas de todos aqueles que me são caros.
 
Peço perdão a você.
E peço perdão a Deus.
 
E peço a Deus força e sabedoria para me redimir...

BRUNO
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