SONETO
Para presentear-te, oh amiga querida,
Pensei dar-te flores perfumadas, belas,
Mas se marcam o momento, todas elas...
Perdem o olor, o viço, tem curta a vida...
 
Chocolates alegram a alma e o coração,
Fazem sim, brilhar no olhar a felicidade...
Mas não são bons presentes, na verdade,
Pois lembram do regime a preocupação!
 
Joias são caras! E poetas vivem de rimas
E castelos de sonhos tolos, encantados...
Que nada valem! Nem míseros trocados.
 
A prenda é devida! E cumpro o que prometo!
Não dar- te -ei  mimos em puro ouro lavrados,
Mas a beleza e a altissonância de um soneto...
 

 
Pedro Paulo da Gama Bentes - 2014/01/01

Pedro Paulo da Gama Bentes
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