O nosso momento é absurdo
E meu grito não fará eco.
Estamos vendo que tudo,
Tudo está virando cacareco.
Estamos nos transformando,
Em terra sem lei e sem ordem.
A República se desmoronando
Vitima que é da desordem.
Executivo, Legislativo ou Judiciário,
Afinal quem manda neste país?
Digladiam-se os três poderes
Sofrendo de um mal que vem de raiz.
Desonestidade é herança da miscigenação...
Patriotismo não tem um por que...
Poderíamos por a culpa na globalização
Ou então atribuirmos o problema a pisque.
Entretanto vejo que ideologias
Entrechocam-se sem pudor.
Terminarão por mudar nossa geografia,
À custa de muito sangue e dor.
Os que estão se locupletando com os bens da nação,
Levar-nos-ão aos estertores da morte,
Para depois em falsa consternação
Prestarem homenagens à nossa falta de sorte.
Pode mudar de regime que nada vai adiantar,
O vírus da falta de vergonha afeta a maioria.
O modo nordestino de dizer: Eu quero enricar!
Fez escola e daí, do desonesto a vitória.
Este tema para um velho alquebrado não deveria ser difícil porque já vi passa muita água por baixo da ponte. Dizer do que já foi, diriam ; os tempos eram outros. O que não é verdade, outros eram os cidadãos que hoje pertencem ao passado, mas, os acontecimentos, estes não. A desonestidade, os corruptos, a falta de amor à Pátria, o pudor e a vergonha, herança de uma cultura nefasta, está aí não como foi, porém bem aprimorada.Revoltado por não poder fazer nada.
Sob licença creative commonsLicença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele