Revi minha infância e adolescência atrás de situações em que eu tenha sofrido bullying.

Muitos apelidos eu tive mas nunca me senti ofendido, ao contrario, sempre ria muito dos mesmos. Hoje os meus antigos apelidos me ajudam a situar-me em um contexto de tempo e espaço. Ex: Há poucos anos um senhor me interpelou na rua com a exclamação,  "Chocolate! Você não mudou nada". Este apelido me fez retornar ao final dos anos 60, a Escola Anne Frank, ao tempo em que eu cursava o primário.

"Pelé" era meu apelido na rua em que morava, rua São Salvador no Flamengo.

"Secretário do Dr. Kilder", apelido dado pelo dono da farmácia da minha rua, era uma referencia a um personagem de um seriado na época, Dr. Kilder.

"Fio", apelido usado por meus colegas no tempo de ginásio no Educandário Ruy Barbosa, em alusão ao meu jeito tosco de jogar semelhante ao Fio Maravilha.

"Chaminé do lado avesso", apelido usado por meus colegas no Colégio Agrícola de Rio Pomba. Neste colégio eu fui vitima realmente de bullying, não pelo apelido, mas de caráter sexual, que eu reagi com dano ao individuo e ao patrimônio do colégio, sendo por isso solicitado aos nossos pais a nossa troca de colégio. Ele pela conduta e eu pela reação muito agressiva demonstrada.


Os meus apelidos sempre foram para mim uma diferenciação carinhosa de me tratarem.